Desnudo a pele em carnificina
pra que alma, ossos e sangue
sejam mais que palavra de esquina
e destituo o verbo lógico
com venda nos olhos pra sujar
e assentar o entrópico
o desmascarar de toda pureza
é pro verso que se esconde no belo
pois desvelo e denoto sem clareza
pra conotar toda a razão
o céu na superfície
e todo o luar no chão
3 comentários:
oi victor,
falou minha língua sim, valeu pelas críticas. A intenção-chave é incomodar, e nesse caso específico, mais pelo lado pejorativo mesmo.
obrigado e até a próxima,
continue acompanhando o Depósito.
abraço.
obrigado e até a próxima é meio de vendedor, né?
caramba, a gnete tem que tomar cuidado com os tipos de relação que a gente leva virtual mente, porque se não a gente acaba se portando igual marketeiro. isso é ruim...
Bom, victão, eu gostei do texto, parece que a cada conversa que a gente tem vc vai lá, escreve um poema e eu entendo tudo, é isso mesmo?
Para mim, se for, é bom, porque fico meio cheio, orgulhoso, sabe? pporque é como se fosse tudo parido às nossas mãos. Suas mãos e nossas mentes na verdade.
Legal, cara.
mas aqui, com mais algumas leituras, vi que vc quer conotar toda a razão.
vitão, vc é poeta, num é químico...
larga a razão e vem pro zamba um pouco negão!
quando for pra ser racional escreve um ensaio, vou gostar mais!
mas, relaxa, o poema é bom!
Vitamina de razão com emoção:
moer a própria carne em sacrifício
no exercício de pensar, desconstruir as palavras e questionar todos os seus significados, picar tudo bem miudinho, remoer, bater e deixar assentar.Desprezar o sobrenadante e saborear o concentrado decantado em verso e prosa até se sentir tonto. Ficar de ponta-cabeça para ver a lua no chão. Ou seria o vômito?
Larica.
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