quinta-feira, 12 de março de 2015

Sonho #150311

Saí no meio do expediente pra fazer esse teste em outra empresa que não era nem do meu campo de atuação profissional. Alan, um conhecido meu, me recebeu na recepção, bonito e forte, cabelos castanhos-ferrugem, enrolados e esticados com gel, sua expressão ingênua e meio imbecil. O aspecto do lugar era semelhante ao de uma clínica. À esquerda, vi algumas pessoas imersas em água e gelo, em banheiras iguais umas às outras.

Preenchi um formulário, fiz uma curta entrevista. Depois, fui conduzido a uma sala na qual havia uma banheira semi-cheia. O ambiente era limpo, as janelas eram retângulos horizontais pequenos e largos, já próximas ao teto, percorrendo toda a extensão de uma das paredes. E mesmo com os raios de sol na sala, a luz predominante era fria, de lâmpadas fluorescentes. Lajotas, chão também de louça, tudo verde clarinho, azul clarinho, branco. A banheira estava no meio da sala, branca também, um pouco encardida.

- Pode entrar.

A doutora era a mãe do Alan. Me despi e entrei na água enquanto ela se sentou numa cadeira de madeira ao meu lado, prancheta e caneta nas mãos. Começou anotando algumas coisas enquanto meu corpo se acostumava com o líquido e a nudez. Após alguns minutos, ela colheu um punhado de pedras de gelo e jogou na altura das minhas coxas. Senti o geladinho na pele, ela fez mais algumas anotações.

- Vamos ao que interessa.

Dois enfermeiros entraram no quarto e despejaram um saco grande de gelo em cima de mim, na água da banheira. A água foi esfriando muito rápido e logo o frio invadiu meu corpo. Senti a pele ficar com um aspecto endurecido, as extremidades arroxeando, os músculos enrijecendo. A sensação da temperatura começou a apontar pequenos focos de dor aqui e ali, dores superficiais. Finalmente, ficou evidente o órgão mais afetado pela experiência: o estômago. Não era uma dor muito forte, mas o foco estava nele. Sobrepus minhas mãos na barriga, sobre o órgão, sem fazer cara de dor ou sofrimento. Era apenas o foco, o centro do efeito.

- Pode sair da banheira.

Acordei me sentando na cama, com o movimento de sair da banheira, as mãos na barriga, na altura do estômago. Ele não doía. Também não estava frio.

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