Aurora qual clamo desalentado ao entardecer
Afoga-me o coração em lágrimas eternas
Pulso interrompido por ferida externa
Certeza lancinante de jamais te ter
Outrora fora lindo dia ensolarado
Afagam-me o espírito tais memórias
Curso inevitavel do tempo nas horas
Proeza que assombra, pesadelo alado
Embora tenha ainda o horizonte o belo
Afasta-se-me a luz cada vez mais
Confuso âmago do meu íntimo cais
Grandeza imensuravel separa nosso elo
Agora escuridão, envolve-me, abraça
Aflige-me poesia, ó espelho cruel
Custo tornar saborear do sol o mel
Céu escuro, sabes o que em mim se passa
Deste fantasma afeto carrasco se faça
Afunda-me no brio desta penumbra sem fim
Pois sabes que é a ti quem amo, lua casta
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