Quando o ópio não mais satisfaz
Injeta-se enxofre ardente às veias
Confuso labirinto de teias
Dissolve alma que se desfaz
Com o espírito da chuva e da água
Aprende que apenas um caminho errar
Nada mais é do que outros apreciar
Sob o firmamento mudo sem mágoa
Mensageiro sátiro do fogo enamorado
Incêndios épicos gerados por sua vontade
Chama que a pintores e poetas têm inspirado
Ápice flamejante que desaparece num momento
Sádico pintor que longamente contempla
Seu melancólico painel cinzento
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