terça-feira, 21 de agosto de 2007

O Guerreiro (soneto II, Leito de Morte)

Invade o paladar matéria vil
Sangue e cinzas aliados a me sufocar
Aos olhos o breu, a falta de ar
Fraturas imoblizam-me ao chão frio

"Frigga, Frigga, venho só a ti clamar
Resignado tua cria deserta lhe suplica
Revela o que toda fria dor significa
Aquece meu coração, faz-o novamente pulsar

Sê mãe de teu filho mais indomável
Implorar-te-ei acima de tudo, sê amavel
Apieda-te de mim, vida recobra-me, desperta-me"

Respirar já posso, do negrume distingo a luz
Calor me compunge. Espada, espada, onde estás?
Vingança infernal e sangrenta hei de executar

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