No banco irreal do outono
vejo a imagem duma árvore
Sua fronde incide
a deforma sombria
sobre o marrom dormido
Não é a arvore que vejo
mas num curto ensejo,
..........................à luz
viro, lato e esbravejo
É a vida de pijamas
e eu sem touca nem pantufas
A indumentária
predileta da vida:
a raiz
..tronco e nós
.....copa e luz
.........fruto e eu
vejo nítida a imagem
do que ali não jaz
........a árvore
não existe
enquanto árvore;
e o outono de um só tom
refresca sob a sombra
das sobras frondosas
suas frescuras e possibilidades
3 comentários:
... Um olhar instintivo e imaginário para um símbolo de vida, alimento e fertilidade... Um olhar em luta com os ritmos da vida? Um olhar de fora? Solitário, mas consciente?
"...tronco e nós": gostei do duplo sentiido. Vc faz um jogo legal de inclusão/exclusão. Fantasia/realidade.
Gostei do " surto imaginético " tuas palavras me embriagam ! obrigado , agradece o poeta de inventados sonhos !
O outono refresta inclusive o olhar, marrom. É o tom de refrescar, olhar.
Bela observação, não existe enquanto arvore, luz. LUZ.
o somos sem ela?
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