quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Imorta

Épico foi o dia
em que o homem
atingiu a imortalidade:

a linguagem
faz caetanos e caeiros
viverem eternamente

É o jeitinho dos deuses:

Sempre faz-se a realidade
de forma
metafórica

Quando o homem entende
a demente realidade
como
a metáfora que é
homem-homo sapiente

4 comentários:

Felipepepe disse...

Me pergunto qual foi minha influência nesse poema...tanto pelo tema quanto pelo "Épico".

Lírica disse...

Sinto que o tema, por recorrente que tem sido, lhe causa pruridos literário-filosóficos...
Os deuses podem dar "jeitinhos", mas se Jung e Freud estavam certos, a cada metáfora(realidade interna ou imaginária) corresponde uma verdade além de nós... ainda que numa dimensão que o cognocível não perceba. Então talvez não seja de todo, sábio negá-la.

Tulio Malaspina disse...

sinto que um crase no A de realidade daria um efeito interessante, já que o faz-se é a face à forma metafórica.

Imortalidade, que breve sonho humano...
humano, que breve sonho imortal...

Felipe disse...

o homo sapiente, metalinguistico por (sua) definicao. adorei, velho!