Ontem o sinal saudante
descobriu minha ousadia egóica
e cerrou a passagem;
enrubeceu
Flertei com minha liberdade
como se subjugasse o pobre semáforo:
sem demora podou minha fantasia
outrora doblete esmeralda,
vermelhejou
Me integro à rotina
dos processos formais
que de tão morais
da aurora já me contam a sina
em pormenores
de seu sol sem vida
5 comentários:
sinto que você tem algo contra semáforos.. hheeehheehhe
seria o impedimento contra o fluxo da vida?
sei...
eh sina...
passo por isso com a existencia...
deve ser um mal de ler Pessoa..
interessante, o xisto comentou comigo que quando a gente lê 29 poemas de um cara a gordura cai e fica só o significado. Aí a gente descobre se o cara é bom ou não.
acho que é por aí. Isso se a gente tiver preocupado com o conteúdo, e isso se a gente fizer o esforço pra enxergar além da linguagem, ficar na buisca de sentido. Mas ficar na busca de sentido a essa altura é duro. Então não quero isso não.
Quero ficar delirando nos trocadilhos endinheirados e nas palavras novas.
O sentido a gente deixa pro relógio.
e ainda tem a coisa de poesia ser isso ou ser aquilo, de ser só o sublime d alinguagem, de são ser um conto e tal. Mas caramba, se a gente deixa o sentido pro relógio, vamo deixa também as classificatoriedades pro excell, certo?
Então, boa trama.
Parabens! A estrategia literaria de causar pruridos interpretativos resultou em boa resenha.
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