Contou-me o episódio da infância pouco antes da cirurgia. Na historieta havia dois velhos e uma criança. A criança fora apenas a câmera objetiva da cena. O velho já não atinava, e a velha era bonita, bondosa e esperta. O episódio, narrado num intervalo do expediente, comoveu a todos. Um silêncio natural caminhou pelo piso de madeira após o verbo que marcou o fim. Eu e os outros dois abrimos uma gaveta, ou um bolso dentro da cabeça, pra guardar aquela história: talvez, a lembrança mais genuína - se não a mais gostosa - de dias que se refilaram no tempo.
7 comentários:
Nostalgicamente bonito. Breve como parece o fim, mesmo depois de uma longa história.
Sabe que esses curtas são muito bons... gosto desse tipo de escrita, rapida e viva!
é isso!!
É nego, viva a linguagem da literatura-de-blog!
O Chammé tinha mesmo dito q vc era habilidoso com as palavras...vejo q ele tinha razão! =)
é, Carinão, te disse.
Não queria fazer o primeiro comentário porque seria suspeito pra falar. Vi a cena desse conto e digo que é um 'baseado' de fatos reais. Porque o Vitão, como escritor, não é um observador. É um voyeur: olha o fato pelo buraco da fechadura, e conta pra gente o que ele quer.
aa-dooo-rooo,hehehe.
Abrazzo
Hahaha, valeu, Chammé e Carina, pela leitura. E nego, pra ser esse vouyeur aí, basta contar uma história, né?
Um beijo pros dois.
Bondoso e bem resolvido.
E outra: curto, por isso, acho, inteligente.
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