É a pena a plena razão
da consiência do dentro
conformada à pena de morte
pro dia de não-sei
e então
quero ser a livre alma penada
d'um gostoso ler à larada
....e tão logo a um mais
empoleirada na estante d'um sebo vivo
peno, existo
não mais peno, perduro
sei do que sou
por penar tudo o que não me é
e jamais saberei o quanto sou
pois acabo sendo
por virar tudo que peno
um poeta palavrador
e assim
todo o meu penar me é
pelo pensar que lampeja
que por fim seja eu
...e jamáis só meu
o fruto de todo o meu penar
Um comentário:
Um poeta assim tão solidário nunca estará solitário, pois um séquito de ledores e mais poetas, em roda acenderão o fogo da mais brilahnte chama, dos mais distantes xamãs... e nunca mais será alma penada porque nenhuma pena cometeu, mas antes se deu em sacrifício pelo ofício de pensar... e de prensar... e de postar... e de ser
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