sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Lágrima

no âmago do pulsar
renasce pela janela
e vê o céu cinzento

salta

no acidentado chão do tempo
desliza

corre fadada
deixando rastro
caatinga rachada
paulatina
diminuta
quebra
areia de pedra
casca lascada

Vai ficando lenta
hesita
contorna
segue

até provocar sensação
tocar
os lábios de maracujá

e secar
na cicatriz
de um triste contraste

2 comentários:

Welington de Sousa disse...

Recebi teu comentário , fui verificar dai me deparei com estas pérolas poeticas ... há muito não lia nada assim tão majestoso , simples e delirante !

Parabéns e obrigado !
* retornarei outras vezes !

Anônimo disse...

Esta eu já conhecia e é mto trite e linda! Parnasiana, mas tb romântica.