segunda-feira, 24 de março de 2008

O Semáforo

Havia a noite
e um semáforo
que me ditava
as regras do mundo

ah pois,
em minha rua
não há outros carros
nem mais indigentes transeuntes
e por isso,
os sinais me são indiferentes

ignoro a sinaleira
mas ela é indiferente
à minha existência

com exatidão
perpetua com perfeição
sua sem fim
viciada função virtuosa

3 comentários:

Lírica disse...

Há um sem número de anjos suspensos nos ares...
Dia e noite.
Mas quando é noite eles reluzem mais,
alternando-se em zelos desmedidos
a indicar-me a direção.
Por que será que o fazem?
Por que se importam?...
Fico pensando em quem os comanda.
Deve haver uma central que os controla.
Desejo vê-la, conheê-la...
Mas isso não se me dá.
Então sigo desejando um desejo que nunca se esvazia,
que não é como beber água ou gozar,
nem como se apaixonar e depois não saber como se livrar.
E os belos anjos suspensos,
verdes, vermelhos, amarelos
são lembranças vivas dele...
são símbolos tão cheios de
luz e significado...
que eu nem me importo se desejar eternamente.

Lírica disse...

Desculpe. Não resisti e plagiei seu tema para dar a minha visão. Não quero comentar a estética dessa poesia. Ela é bela, sem dúvida, mas meus olhos andam muito psicanalíticos, então eu fico vendo atos falhos... mas a arte tb é feita de parapraxias! Então viva!
Viva a contradição! Elas são como rimas raras.

AEmarcondes disse...

caralho cara..
existir é complicado
furar um semáforo é errado mas não fazê-lo é não mais respiraR.
será qur fui claro?!?!