sábado, 8 de novembro de 2008

Metuendo minuendo do intelecto e da beleza (ou dos micetófagos)

Não quis refletir os mamilos embolorados sob o contra-baixo do caixão. Na terra gulosavarenta a roldana estourava - a sexta saltava viva e cortava o supercílio. Refletir não; nem pensar: a coruja simboliza o intelecto que não possui.

A água engole os olhos amendoados, as pestanas plumas, a coroa de garça na tumba do desgosto - o rosto sem rosto.

A terra devora as pálpebras perspicazes, têmporas lâmpadas, métopas de tinta na morte do significado - o bocado sem bocado.

A ultima façanha é reticente feito virga, feito vírgula,

10 comentários:

Tulio Malaspina disse...

gostei muito da ultima critica, construtiva e tolerante hahahaha eu pessoalmente achei muito ruim aquele meu texto tambem.
enquanto o seu... muito bom!! a descontrução seguida de uma frase reflexiva (a coruja...) surtiu um efeito de pausa e releitura. Voltando a ler só fui parar na virga, que alias, final explicativo e intrigante ao mesmo tempo!!!
um abraçao!!!

Anônimo disse...

feito pausa, de reflexão.

Guto Leite disse...

Gostei, me lembrou os angifuris do Lewis Carroll. Sacadas de imagem, de verbo. Salve, salve!

RM. disse...

reencarnação de mario chamie, que ainda nao morreu!!!

mudei de blog!!

mesmo endereço, soh que wordpress!

beijomeleia.

RM. disse...

nossa juro, eh mtoooo melhor!!
tem umas estatisticas iradas!!
desde q eu fiz, ha umas 3 horas, 39 pessoas jah entraram!! huahuauhauha
e dessas, 18 leram meu texto do hotel room..acho que eu vou fazer uma versão do blog todo em ingles hahaha, juro!!
beijoo

Anônimo disse...

Caraca Vitor! Tu manda benzaço aqui hein.
Bjos e parabéns!

Lírica disse...

Oh, pá... ainda estou cá em cisma de milhão, em cifras dóricas ininteligíveis porquanto ignoradas. Mas tenho um tênue e crepuscular vislumbre a cena funérica. Acaso tratar-se-ía de um nobre militar? Seria o caso de, Não aceitando a morte, querer erguer-se da urna? Oh, a morte é destino cruel e iguala, parafraseando Shakespeare, o bom ao mal, o rico ao pobre, o sábio ao indouto...
É de se refletir... e refletindo, ver-se nisto também metido.
Sua retórica metafórica e bem talhada, como vê, me contamina o espírito.

Leo Curcino disse...

gostei disso cara. eu escrevi algo ha um tempo atras que falava de coisas parecidas e tambem terminava em vigula.

nem sempre a gente quer um ponto final. certo?

Lucas Guratti disse...

Para mim, foi um orgasmo linguístico-sensorial de grande valia, considerando que são 2 da manhã. Muito bom.

Heyk disse...

CAra, engraçado, concordei com o figurão do último comentário antes do meu.
ORgasmo linguístico. Gostei da construção tanto da estrutura do texto como das palavras, dos sons. Claro, parece com o que eu fazia na lagarta.
Mas careço de outras leituras.
Bjo gatão.
òtimo ver isso aqui assim.
E outra, fiquei curioso com o wordpress do amigo do meio