terça-feira, 21 de agosto de 2007

Panléxito

Lonjávago das latarses lexirretas
Aprochento-me folhenovo ao verbágizo
sorrilégre pelo ludítravo palavroso
municanônido de surtalezas lexicabulosas

chorancólico por latríjetas mentaletas
pensive segrelido e desmanonizado
a cabendóra recheia de aracnopastéis
taxalado de bobolhaçada patocrônica

entuprado de falaléxias poemaralhadas
imperado de desverbágizo pelo desmane
mirolhei-me desocrímido, arripalhido
inesperanto com idelácias mortílavas

subagicamente acospetei do durmonho
alegridente pela retoma manônica
palavrido de insadícias verbáquicas
e ousicais lexígenos delarmônicos

gosdoce é escrivagar livricamente
a ressobre do metalexo e da vidôrra
imajogando faléias a sentirilar-lhes
sólamo pelo atôndito da escrifazura

Um comentário:

Anônimo disse...

gosdoce é escrivagar livricamente - foi a antítese mais sublime. Pois no poema enquanto história, o personagem sai das amarras da angústia ao tomar a liberdade de escrever o que quiser. Mas enquanto o autor que escreve, o poeta de verdade, a liberdade caminhava restrita à aglutinação de radicais; forma essa que domina os versos.
Mais autonomia a um significou menos independência a outro. Completo, ou melhor, Panléxito, de fato.